(...)E Clarisse está trancada no banheiro e faz marcas no seu corpo com sua pequena tesoura, deitada no canto, seus tornozelos sangram e a dor é menor do que parece, quando ela se corta ela se esquece, que é impossível ter da vida calma e força, viver em dor, o que ninguém entende. Tentar ser forte a todo e cada amanhecer.(..)
Ninguém entende, não me olhe assim com este semblante de bom-samaritano cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente(...)Você não sabe e não entende e quando os remédios não fazem mais efeito, Clarisse sabe que a loucura está presente e sente a essência estranha do que é a morte, mas esse vazio ela conhece muito bem(...)Mas o mundo continua sempre o mesmo(...)No caminho de ida e volta da escola a falta de esperança e o tormento, de saber que nada é justo e pouco é certo e que estamos destruindo o futuro e que a maldade anda sempre aqui por perto(...)Um mundo onde a verdade é o avesso e a alegria já não tem mais endereço, Clarisse está trancada no seu quarto, com seu computador e seus livros, seu cansaço. (...)Clarisse só tem 17 anos ...
(Legião Urbana - Clarisse/ algumas mudanças na letra feitas por mim)
Juliana Santos Alvarenga.
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