quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Oi mãe.

  Sabe, em 18 anos eu ainda teimo em duvidar que você não me conheça, quem sou eu para dizer tal bobagem ?
  Você me conhece como ninguém, sabe o que cada olhar meu quer dizer, você teve que aprender a me decifrar desde pequena, saber se meu choro é de fome ou de dor. 
  Eu cresci e me tornei um pouco mais complicada, não é ? Mas você também se tornou. Hoje a minha preocupação é mais do que brincar o dia todo, e a sua, eu sinto que tens medo. Tem medo de um dia eu ter que ir embora ? Eu nunca te abandonaria.
  Você é preciosa e desculpa se um dia eu te fiz sofrer por algo idiota, sou uma "aborrecente" né ?! 
  É incrível o jeito que você me apoia e me entende, tudo bem que na maioria das vezes você pensa que eu sou um bebezinho indefeso e tenta me proteger de tudo, mas faz parte, afinal você é mãe. É claro que nem tudo é um mar de rosas, brigamos, brigamos, brigamos e brigamos, tirando a aparência, somos tão diferentes.
  Mas se um dia eu conseguir ser metade da mãe que você é com os meus filhos, eu ficarei muito feliz, pois eu vou ter certeza de que eles irão me amar muito.
  Porque eu te amo muito e queria que você fosse eterna.

Juliana Santos Alvarenga.

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