sábado, 3 de setembro de 2011

A noite de despedida.

  E toda noite eles se despedem com juras de amor, beijos intermináveis e um Adeus com um fundo de animo por poderem se ver no dia seguinte. Eles se abraçam e se pudessem ficariam ali para sempre, olham um para o outro e dizem o quanto se amam, repetem as frases "você é o amor da minha vida"; "eu te amo mais que tudo"; e nem percebem. Mas antes da despedida, eles passam o tempo que tem, dando risadas, brincando um com o outro, brincadeiras que quem de fora vê, acham que são melhores amigos, e não são ?
  Arrumam apelidos engraçados, fazem manha, carinho, fingem estar magoados, só pra ganhar um pouco mais de atenção.
  Em poucas horas eles terão que se despedir, eles sabem disso, mas querem prolongar o máximo seu tempo junto ao outro. Quando chega a hora, um ar de decepção cobre o rosto dos dois, a hora tão temida chegou, por que agora ? eles pensam. 
  Depois de abraços, beijos e dizeres infinitos proclamando o grande amor entre os dois, ele solta aquilo que parece ser a solução, mesmo sendo deveras complicada: -"Vem dormir comigo, agarradinho, nesse frio, vem?". Ela sabe que queria responder pegando suas coisas e indo com ele, mas a questão é que são jovens, jovens amantes dependentes um do outro. Mesmo ela querendo, não poderia, o que é uma pena, aposto que a noite seria incrível. 
  Então só resta o pensamento Vamos nos ver amanhã! Dormirei já, para ver se passa rápido essa noite sem ti. 
  E lá foi ele, e ela olhando ele partir, parando no meio do caminho para tragar um cigarro. Ela fica ali a espera, até não conseguir mais enxerga-lo, se ele olhar para trás, não vai dar de cara com o nada, vai vê-la, sorrindo, esperando o amanhã chegar.

Juliana Santos Alvarenga.

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